
Você deveria estar
Mas vive
Não digo o que as horas gritam
Prefiro o âmbar dos sabores
Morrisey me dita
A alma não se agita.
Da claridade somos órfãos.
Emprego as cores nesta obra
E construo lentamente meu imaginário.
Teu corpo nu. Nu.
Espero nomeando os minutos
Apelidando as horas.
Um divã numa xícara
É a cafeína que me confesso
Deixas-me do avesso
E a espera peço: -Ande, ande
Uma cidade para quem dorme.
Que deserta me sussurra mentiras
Da ausência da luz
Lembro a fluorescência do teu olhar
E a demência de meu amor
Baldio meu coração,
Pede tua ocupação