sábado, 18 de julho de 2015

Frio





Frio
Fio condutor
De ardor desejado
Ladrejados nas ruas da imaginação
Em corpos cobertos és andante.

Palavras ditas com olhares.
Desertos sentimentos Transpiram
Próximo da lareira lacivante.
Arde a pele aproximada
Em brasa por dentro
Viva por fora.
É casa do sexo

Frio
Dita regras nas paredes fechadas
Tateando curvas, lãs, mantas
De vidas tantas
Assim nascentes.
Aposenta a solidão,
Entrelaça mais que dedos,
Baldeia roupas.
Só a pele grita
Agita aflita
Revela um gozo vaporoso,
Que dança em cômodos
Sem domos, livre,
Vira um vento contagiante,
Gigante em quem recebe,
Percebe, embebe.

Frio, morre em ponteiros, fios, telefones
Na rua, em ciclones rebela-se
Não tens convite
É cicerone da solidão
Teu limite é um site
Sem face ou Face
Gelado e calado
Ficas frio, ai sozinho.