terça-feira, 27 de novembro de 2012

Gemidosafadornicos




Vulvapelativa
Relativanal
Labioóculo
Demaraberto
Pernasalientes
Salsamerengue
Dengueodengo
Gogó o O
O u
O cú
Lambinoise
Degemidosafadornicos
Arretosintilantes
Saborvenusaveludada
Dada
Retratonegaativa
Brancaanca
Peloelo
hímeMenWoman
Ahhhhhhhhh!
Coitivagabunda
Funda ou fundo ao raso ao fundo
O fim

Perto mas longe
Mais

Mais
Sim de em mim


Mais que saliva
Molhe




Alivia








Ahhhhhh!




segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Urbanalicidades




Urbano
     Pano
Planos Urbanos
Calor, abano
Urbano afano
Da calma

Fio, asfalto, cano,
Crack, trafego,pó, trafico
Tudo é engano.
Pano na dor
Ainda é dor.
Dor
Dor
Dor
Ior
Io
Io
Io
Io
Ambulância
É coisa urbana
A morte não.
Insano vai e vem
A vida
 O urbano desdém.
Entre o humano e o profano
 Caos é crença sem dano
O plano urbano é
 Crescer


Sem plano.





 Arte de

Juan Esteves http://juanesteves.com.br/profile.html

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

Quarto de fumaça





O cinzeiro veste roupa imprópria
É meu corpo queimado ja fumado
Os restos de luz montam o quarto
Sem cama ou lembrança de cruz quebrada
Presente palecido, carregado no peito
Voa agora o lábio seco
Em outros ares, ainda lábio
Cena de novela
Enfivela o ceticismo 
Já que amei, armei degregos
Armei adeus
Voa sem vento o pensar
Tive azar e tu ventania
Life is a pigsty
Não amanhece a saudade
Prisioneira bate nas paredes, risca-as
Arranhas, laceia
Na ceia torpe servida em uma esquina viciada
São calendário de tua falta
Armei as grades que me encerram
E cerram meu respirar
Quanto de destino há no veneno do não?
A cicuta aumenta o efeito 
Quanto mais o adeus se estrada
Armei como amei
Sofro como choro
Encharco a safra de sofreres
Enfumaço o enfadonho despertar 
A cada segundo moribundo por estar vivo
Fumo o sumo da minha designorância
E como insumo padeço triste






  














terça-feira, 14 de agosto de 2012

VALIA


Só a poesia tem valia.
De vida vadia
Morre o sonho.
Acordada está à ironia
Para alfinetar
A agonia de viver.

Tem valia a poesia?
Vazia a poesia Vaga
Pela fome, pelo atestado de loucura
Imposto, posposto ao posto que dão
Ao que arrota interrogações.

Carimbado, outorgado, licenciado
Que valia?
Minha poesia cerceada
Lacrada de orgasmos
Ignorante da orgia dos amores
Falece na fria tela.
Chá, canela e lágrimas
Ficção.

Fugidia.
Poesia pária
É Pornoinsignifigramatical
Torna baldia
A palavra encravada no transito

Vaga na galeria fria das ruas
Vil vestígio de valor
Mendiga, viciada, vencida
Clama por uma Bolsa Sentimento

Só a poesia tem valia
Na calçada dos despejados
No largo da arrelia
No asfalto da quizília.




 Katherine Blackwell é uma artista que gosta de manipular o corpo humano de todas as formas possíveis, através de pintura em óleo de forma a tornar as imagens o mais próximo possível da realidade.
De acordo com a artista, a idéia é tornar as pinturas o mais realista possível, apesar das circunstâncias serem impossíveis...
Conheçam algumas de suas curiosas imagens: em http://artegrotesca.blogspot.com.br/2011/10/arte-surreal-de-katherine-blackwell.html


domingo, 22 de julho de 2012

Ser



Serei o que sou
Outros serão zinho
Teimo
E sou
Sendo assim
Seço os que pensam
ser
na imagem reflexionada e inflamada do meu ser
outros ser ão
mas o bom é ser
simpaticamente o ser
transitante entre a mediocridade e a observação
entre o fim e o fim

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Estar aqui


A escuridão é lenta 
mas todos escutam seus passos

Ao som de Pantheist - Be Here

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cena de sonho do filme madrugador anônimo e com cortes feito por um diretor com sonhos orfãos





É como pegar um filme pela metade na madrugada, de alguma sessão na TV
O que flui nunca tem nome.
Mas você sabe,
Contas com pontas que ferem o sono
Verdades que gritam entre as estrelas.
E quando elas começam a decair sobre a planície verdejante
Estranhamente a profusão de terra revirada e destroços sempre vem regada de sangue e lágrimas,
Mesmo assim o pé com unhas mau cortadas é que me faz andar
Olhando o céu âmbar ainda não tenho lugar para meus sonhos,
Mas eles transitam e vez que outra se sente órfãos,
E começam a chorar supersonicamente
Afinal que pai eu sou?
Como trato meus sonhos?
Trafiquei entorpecentes para eles,
E hoje recebo esta bolsa presidiário.
Mas quem é mais preso?
Meu sono errante
Ou este sonho amplificado e desplugado?
Teve uma cena tocante 
Onde quebrei tudo em casa

Em um palco de hóstias e holofotes feitos de carne
Choro e me vejo numa esquina sem fim,
Enrolando em fios de telefone redes elétricas.
Embaraçado e suando
Sou estátua e arte instalação, danação do reflexo embriagado do que montei sobre mim.
Jasmim o aroma que me traduz,
Porque mesmo sem luz,
Estou presente,

O filme é recente e acabou

domingo, 11 de março de 2012

Papiros no Festival Reage


Tive a satisfação de expor meu trabalho poetico no Festival de Cultura Feminina, Reage no Galpão do Rock, onde tocaram várias bandas como: She hoos go, Pondera, e Trail of Sins, também aproveitei para divulgar o livro Eclipses e Elipses, muito bom evento. Obrigado a Simone pelo convite.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Madrugada poente



Na mão um copo
E a noite sorri
A sede é sede de solidão
Uma brasa a verdade
E a tristeza meu cigarro
Estou triste
Com a veracidade enriste

Torpe
Torpe
Torpe quero estar
Anneke distribui flores
E escuto nuvens
Tudo está inconveniente
É madrugada poente
E tudo é batente
Já que a lágrima latente
Voltou com espinhos
Grilos me arranham
Mosquitos me evitam

Estrada noturna
Rumo a um sol sem sorriso
Triste
Lacônico tragicômico
Com esta vida de segunda a segunda
Triste, triste
Dormirei




Ao som de The Gathering

Mistura de partes de corpos humanos entre si ou com animais são características das pinturas de Dietmar Gross.De acordo com o artista, a pele humana sempre foi um dos desafios mais fascinantes da arte. Disponível em http://artegrotesca.blogspot.com/search?updated-max=2012-01-10T10:41:00-02:00&max-results=7

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Canto da Mulher acordada


 
Bata-me
E me acorde
Agrida o ventre valoroso mesmo vazio
Acorrente-se em sangue
O mesmo que sorri
Agora espalha no chão animalidade
Surre o rosto poético
Em seu ódio patético

Fira-me
E tire de si o H
Cuspa e esporre no seu reflexo
Queira um genuflexo forçado
E receba o não resistente

Force os dedos farpados
Na pele azulada um dia anilada
Hoje roxa
Pise com pés de aridez
No colo fértil
E vista-se de estupidez
Com voz alta deixe de falar,
e rosne excrementos voadores

Resisto, por frágil tomada
Em orgulho armada
Meu grito velado,
Grito que ecoa em solo gelado

Intempestivo delito atroz
Corre veloz ao ares da injustiça
Atiça o repúdio castiço de outras
Contra a razão postiça
do Homem sem H

Soquei-me
Para que eu acorde
E mova o céu da covardia broxa
Ilumine com tocha
A escuridão das acomodadas
Acordarei e nas ruas da razão panfletarei
O que quatro paredes soaram por muitas noites
Mulher com todas as letras do alfabeto

Mulher
Acordada






Arte: Di Cavalcanti
Em fevereiro de 1922, Di Cavalcanti tornou-se o pioneiro idealizador da Semana de Arte Moderna, ganhando o mundo da arte no Brasil. O artista também mostrou seus quadros pela Europa e pela América.
Dentre suas obras pintou “Mulheres Protestando”, em 1941. Di Cavalcanti foi um homem que lutou pelos seus ideais, e chegou a ser exilado do Brasil. Nas palavras do escritor Mário de Andrade, Di Cavalcanti foi “o mais exato pintor das coisas nacionais”.