domingo, 20 de março de 2016

Sinto-me obrigado.


Sinto-me obrigado.

Imbuído, intimado, quase constrangido a ter que escrever sobre a situação atual do país.

Obrigação é  palavra em desuso, comprovo quando vejo que honestidade é opcional para muitos de meus irmãos brasileiros, quando na verdade deveria ser uma obrigação natural, e seu contrário um disparate patológico.

Mas estar obrigado pelas consequências de um universo imenso quanto o da política é nefasto, nos obrigamos a tecer comentários e nós colocarmos geograficamente diante de um muro é incomodo, até não deveria tínhamos que ser mais atuante antes e não agora na sangria.

Ora vem para rua, oura fica-se em casa monitorando a história, resistindo a manipulações ou aceitando-as como verdades absolutas. E é ai que mora o perigo quando começamos a acreditar que verdades são absolutas e que a história tem apenas um prisma.

Lembrando um pouco de história: Humilhados, os alemães viam nas propostas do partido nacional socialista uma ideia de revolução, mais do que uma proposição ideológica de extrema direita, uma salvação. A pobreza, miséria e desemprego fez com que os germânicos atingissem o fundo do poço, e então aceitasse de bom grado, em sua maioria, a liderança de um Hitler messiânico.

Tomando as devidas proporções, sou obrigado a acreditar que vivemos uma crise, e que crises são venenos que mudam a circulação do corpo democrático de uma nação, levando a doença da desesperança, que por sua vez leva a falência do sistema imunológico da razão e depois a morte.

Temos sim que sermos obrigados a pensar, a refletir e depois agir, olhar o mundo como se ele não fosse todo azul, mas preto, amarelo, rosa...  E não se deixar levar por opiniões acéfalas.

Olhar para trás para traçar um futuro é obrigação e obrigação maior é pensar por si mesmo.