domingo, 3 de janeiro de 2010
Palhaço do dia
O palhaço se refaz, é dia.
Maquiagem reflete o não sabido.
Se limpa do que lhe atribuem.
Voa sobre a lona dos despejos,
Agora lampejo de si,
Caminha, tem como palco o anonimato,
Flerta com a cidade.
Anda, anda,
Tropeça numa mãe extremosa e seus filhos
Volta a ser palhaço no fundo daquele olhar cansado.
Alado, continua, pousa na esquina,
Perplexo, é um acidente,
_ Cadê a ambulância?
Quase desmaia, em muitos rostos, voltou a ser palhaço naquele tumulto.
Cambaleante não tem mais o riso estridente colado na alma.
Tem afazeres, lazeres, queria ter beberes.
O bar é o circo travestido, não luzido
Mas embebido de bobagens, lá também é circo,
No copo cada ranhura mostra novos palhaços enrugados
Mascarados, mascarados, mascarados
O dia acabou o palhaço se faz.
É noite e as luzes ditam:
É hora de ser feliz, é hora de ser alegre
Hahahahhahahahahahhha!
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...o palhaço alegoria de suas próprias tristezas
ResponderExcluirretratado pelo poeta, que faz de suas tristezas sua alegoria...