terça-feira, 24 de agosto de 2010

Noite de perdão




Quando a noite é tudo que restou
O perdão acontece
Na verdade uma esquina vazia
Sem bueiros sem sinal vermelho
Um lugar
Uma palavra
Um verbo em ação
Junção de cidade e mãe
Para quem quer colo
Acoberta a ferida aberta
Uma gaze um curativo
A noite é droga.
E com os bairros da alma ela joga
E perdidos deitamos
Entregamos uma respiração
Passam sirenes, jornaleiros sem nome
Gatos sombrios
E estamos não vendo
Não falando
A noite unta e não pergunta
Felina, é ladina da lágrima.
Que o dia julga
Mãe dos inascidos
Paridos de algum erro
Robam, correm, fumam,
A lua cala é cela
Que solta a masela
No dia das aparências
Vá dormir com dor
E acorde com a pílula na mão
A Noite é boa
Perdoa






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