segunda-feira, 11 de junho de 2012

Cena de sonho do filme madrugador anônimo e com cortes feito por um diretor com sonhos orfãos





É como pegar um filme pela metade na madrugada, de alguma sessão na TV
O que flui nunca tem nome.
Mas você sabe,
Contas com pontas que ferem o sono
Verdades que gritam entre as estrelas.
E quando elas começam a decair sobre a planície verdejante
Estranhamente a profusão de terra revirada e destroços sempre vem regada de sangue e lágrimas,
Mesmo assim o pé com unhas mau cortadas é que me faz andar
Olhando o céu âmbar ainda não tenho lugar para meus sonhos,
Mas eles transitam e vez que outra se sente órfãos,
E começam a chorar supersonicamente
Afinal que pai eu sou?
Como trato meus sonhos?
Trafiquei entorpecentes para eles,
E hoje recebo esta bolsa presidiário.
Mas quem é mais preso?
Meu sono errante
Ou este sonho amplificado e desplugado?
Teve uma cena tocante 
Onde quebrei tudo em casa

Em um palco de hóstias e holofotes feitos de carne
Choro e me vejo numa esquina sem fim,
Enrolando em fios de telefone redes elétricas.
Embaraçado e suando
Sou estátua e arte instalação, danação do reflexo embriagado do que montei sobre mim.
Jasmim o aroma que me traduz,
Porque mesmo sem luz,
Estou presente,

O filme é recente e acabou

Nenhum comentário:

Postar um comentário