Sou triste porque o natal
Insiste
Um assinte de sorrisos teatrais
Uma agenda viciada que sempre termina assim
Dezembro .
Eu lembro de privações.
Meu Jesus é porta de SUS
Meu amigo é abjeto
E o vento que em mim bafeja
De tão forte prostra minha cabeça.
Papai no fel.
Tudo brilha, tudo encadeia
E eu na cadeia do que não posso mudar
Natal fatal natal.
Do mal ter
Por carente ser
Que finde a lide de abraços e votos esvoaçantes.
Que finde
Que finde.
MOUROBLOG
Alceu Amaral da Silva. Poeta.A despeito dos ventos, um navegador
segunda-feira, 24 de dezembro de 2018
quarta-feira, 26 de setembro de 2018
Praça sem graça
Fui a praça com a criança mais importante.
Mostrar o presente alegre para a semente que plantei.
Engano colhi. Vi.
Praça vizinha da desgraça
Por ser sem graça
Praça dos brinquedos nublados
Do balanço no chão
De quebrado o riso surdo
Feio é o adulto mudo ao absurdo
Cinza suas cores
Não recebe criança, pois lá a alegria requer fiança
Praça de todos nós
Que amarrados a deixamos ao léu
Vítimas deste cruel ilhéu do descaso
Praça sem graça.
Escorregador com dor
Vai e vem estático
Carrossel asmático
Gangorra seviciada
Playground do futuro de fruto duro
Deveria ter passarela tão bela
Mas se forma baldio local de folhas sem nome
Praça sem graça.
Criança enferrujada desamada
Espelho de mim que não sei mais brincar.
Mostra uma perspectiva enleada
Meu filho foi embora, cabeça baixa
De passos miúdos.
Saio querendo um dia voltar aos dias,
Que deveria te construído.
Praça sem graça.
Praça sem crianças
Praça sem alegria.
terça-feira, 5 de junho de 2018
Regeito
Perfume de toda noite.
Esperança
Que só o sexo alcança
Cansa o fracasso.
Vasio
O amor baldio partiu
Em vários cacos.
Esperança
Que só o sexo alcança
Cansa o fracasso.
Vasio
O amor baldio partiu
Em vários cacos.
sexta-feira, 27 de abril de 2018
Rock vivo
Quero um Rock novo ditoso
Mais amoroso sem rancores do dito e desdito
Não contido escarrado
Quero um Rock sério como um deboche
Que não sirva de fantoche
Para suas palavras racistas
Não insista Quero um Rock
Onde novo seja redundância
Quero rock arroto maroto
Avesso ao corrupto escroto
Quero com línguas e bocas
Preto azul branco
Não bronco
Quero um rock
Seguro que pode ser a insegurança dos desavisados
Quero um rock vivo
Mais amoroso sem rancores do dito e desdito
Não contido escarrado
Quero um Rock sério como um deboche
Que não sirva de fantoche
Para suas palavras racistas
Não insista Quero um Rock
Onde novo seja redundância
Quero rock arroto maroto
Avesso ao corrupto escroto
Quero com línguas e bocas
Preto azul branco
Não bronco
Quero um rock
Seguro que pode ser a insegurança dos desavisados
Quero um rock vivo
quinta-feira, 22 de março de 2018
Direitos Humanos e Humanos .
Tem-se se multiplicado um discurso motivado por ignorância
que vem semeando ódio entre os mais diversos círculos, que trata dos direitos
Humanos.
Mas como surgiu este conjunto de normas e conceitos?
Ainda que a forma com que atualmente conhecemos os direitos
humanos tenha surgido com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, assinada
em 1948, antes disso, princípios básicos do indivíduo já apareciam ao longo da
história.
A primeira forma de declaração dos direitos humanos na
história é atribuída ao Cilindro de Ciro, uma peça de argila contendo os
princípios de Ciro, rei da antiga Pérsia.
Fatos históricos com a Revolução Francesa e a independência
dos Estados Unidos contribuíram para uma pré formulação da Declaração dos
Direitos Humanos.
A Segunda Guerra Mundial resultou na perda de um grande
número de pessoas, resultando em muitas violações a direitos individuais. Logo
após o fim do conflito, formou-se a Organização das Nações Unidas (ONU), cujo
objetivo declarado é trazer paz a todas as nações do mundo.
Além disso, foi criada uma comissão, liderada por Eleanor
Roosevelt, com o propósito de criar um documento onde seriam escritos os
direitos que toda pessoa no mundo deveria ter. Esse documento é a Declaração
Universal, formada por 30 artigos que versam sobre os direitos inalienáveis que
devem garantir a liberdade, a justiça e a paz mundial.
Porém o preocupante no nosso Brasil é a distorção que vem
sendo feita em nome de um desespero coletivo que estamos observando nos dias
atuais oriundo de uma violência mulifacetada, ou seja, se o problema social
aparece então vamos mata-lo.
Ou de outro lado sua aplicação indiscriminada pode ser
confundida com impunidade, isso também é um problema.
O fato é que usa-se os direitos Humanos para uma gama de
intenções, menos o verdadeiro e cabal motivo, proteger o cidadão dos erros
cometidos por ele mesmo.
Este tratado hoje em dia atua em diversas frentes como,
Combate ao trabalho escravo, proteção da criança, tráfico de pessoas, direito
pessoas idosas, deficientes LGBT, e violações em guerras.
Logo pensar e difundir chavões como: “direitos humanos para
humanos direitos”, “direitos dos manos”, “bandido bom é bandido morto”, “por
que vocês não visitam as famílias das vítimas?”, dentre outros é temerário e
por vezes criminoso com uma infusão de valores tão caros a todos nós.
É necessário esclarecer, discutir pesquisar, mesmo que isso
não seja uma prática comum a nos brasileiros antes de cuspir em anos de
experiência histórica que resultaram em tão grandes valores.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
Tempo, Ariadne e Legião Urbana
Prouramos o Fio de Ariadne, a resolução de um problema que nós move de um lugar ao outro sem que saibamos que movemos mais que nossa consciência.
A lenda de Ariadne é o termo usado para descrever a resolução de um problema por meio do óbvio e do lógico. Essa fórmula que usamos muitas vezes anonimamente me veio quando percebi minha impotência perante a altivez do tempo.
Vejo o tempo como a fé, algo que acredito existir, mas não consigo tocar ou tatear, sim quando penso no tempo esqueço meus cabelos brancos, as primeiras rugas, calos ou objetos datados, são nas memórias voláteis que vão e vem que sinto o pisar dos anos na fértil areia de meus pensamentos.
Lá é que sons ganham formas e andam, os aromas falam, e as imagens abraça-me, de forma que pauso o viver corrido e pouco reflexivo, para lembrar e repetir sensações.
Por exemplo. Ao passear pela Praça Zeca Netto em uma ensolarada tarde de domingo, flagrei um grupo jovem tocando violão sob a cumplice sobra das árvores, além da raridade da união em tempos de smartphones, o que me chamou a atenção que o grupo era religioso, e que a música que tocavam a tempos atrás jamais seria permitida em tal grupo, pois era marginal e contestadora de mais Era uma música da Legião Urbana. Quem a mudou? Quem a transportou das margens de um Rock ousado para o centro de um grupo ancorado em tradições que a rejeitavam antes? Em minha humilde tentativa de resolver a questão respondo. Nossa lida com o Tempo.
Ora os valores de nossa sociedade continuam existindo, mas o que fazemos com eles é que muda, não foi o tempo que mudou, mas sim nós, o tempo independe de nossas atitudes, preocupações ou ações. Por pior ou melhor que seja a música continua falando a mesmas coisas as tradições também, o que muda é a luz que damos para estes vestígios que deixamos para outras gerações.
O de baixo sobe e de cima desce sem que possamos ficar nesta terra para testemunhar, por isso escrevemos, pintamos registramos, fotografamos, como se o tempo fosse um inimigo a ser abatido, então o desfiamos com estes artifícios tão catárticos.
Porém vejo o tempo com balsamo para as feridas de nossos erros, sejam individuais ou coletivos, pense em uma reconciliação, nos avanços da ciência e da medicina, se pensarmos que a poucos anos pessoas morriam por doenças hoje ridículas saberemos ver o tempo como aliado, e não como algoz.
Conhecendo o mito de Ariadne onde seu fio conduziu seu amado Teseu por um labirinto é possível entender que nossas escolhas é que qualificam nosso tempo e o que fazemos com ele, mas renega-lo a ponto de a surpresa ser o aríete de uma crise existencial não é o melhor.
A lenda de Ariadne é o termo usado para descrever a resolução de um problema por meio do óbvio e do lógico. Essa fórmula que usamos muitas vezes anonimamente me veio quando percebi minha impotência perante a altivez do tempo.
Vejo o tempo como a fé, algo que acredito existir, mas não consigo tocar ou tatear, sim quando penso no tempo esqueço meus cabelos brancos, as primeiras rugas, calos ou objetos datados, são nas memórias voláteis que vão e vem que sinto o pisar dos anos na fértil areia de meus pensamentos.
Lá é que sons ganham formas e andam, os aromas falam, e as imagens abraça-me, de forma que pauso o viver corrido e pouco reflexivo, para lembrar e repetir sensações.
Por exemplo. Ao passear pela Praça Zeca Netto em uma ensolarada tarde de domingo, flagrei um grupo jovem tocando violão sob a cumplice sobra das árvores, além da raridade da união em tempos de smartphones, o que me chamou a atenção que o grupo era religioso, e que a música que tocavam a tempos atrás jamais seria permitida em tal grupo, pois era marginal e contestadora de mais Era uma música da Legião Urbana. Quem a mudou? Quem a transportou das margens de um Rock ousado para o centro de um grupo ancorado em tradições que a rejeitavam antes? Em minha humilde tentativa de resolver a questão respondo. Nossa lida com o Tempo.
Ora os valores de nossa sociedade continuam existindo, mas o que fazemos com eles é que muda, não foi o tempo que mudou, mas sim nós, o tempo independe de nossas atitudes, preocupações ou ações. Por pior ou melhor que seja a música continua falando a mesmas coisas as tradições também, o que muda é a luz que damos para estes vestígios que deixamos para outras gerações.
O de baixo sobe e de cima desce sem que possamos ficar nesta terra para testemunhar, por isso escrevemos, pintamos registramos, fotografamos, como se o tempo fosse um inimigo a ser abatido, então o desfiamos com estes artifícios tão catárticos.
Porém vejo o tempo com balsamo para as feridas de nossos erros, sejam individuais ou coletivos, pense em uma reconciliação, nos avanços da ciência e da medicina, se pensarmos que a poucos anos pessoas morriam por doenças hoje ridículas saberemos ver o tempo como aliado, e não como algoz.
Conhecendo o mito de Ariadne onde seu fio conduziu seu amado Teseu por um labirinto é possível entender que nossas escolhas é que qualificam nosso tempo e o que fazemos com ele, mas renega-lo a ponto de a surpresa ser o aríete de uma crise existencial não é o melhor.
quinta-feira, 30 de novembro de 2017
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