quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Escravo da esquina
O apito, instrumento de trabalho gota no mar do caos. A cidade, sua mesa e pão, não pensava assim, mas sabia sentir assim . Carros, carros, ele para fiscalizar ou tentar dizer que fiscaliza, até dar a hora de sair, abortar o nascimento do explosivo vai e vem motorizado.
Tem vai e vem até mesmo na minha vida. Pensa, lembrando de quantas vezes pediu, até por escrito, um colega para lhe dividir o gás carbônico da esquina desta rua com o nome apagado na placa. Sentia-se apagado também, ali sozinho com o vento, não do entardecer romântico que via estampado nos agir dos alunos saindo do colégio em direção a liberdade, mas sim um vento estrupante dos carros e motos anônimos.
O apito._ É tarde, hoje ninguém me pediu informações.
O apito. É hora de guardá-lo assim calado.
É hora de ir.
Ir.
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indo...
ResponderExcluirandanças do cotidiano, não contemplado, mas descrito com afinco pelo Mouro...