Uma dor nova
Eu em uma esquina
Aqui chuva fina.
Um adágio cinza
E o vazio a alma pinça.
Este retrato passado
Foi de ontem
Vitima de hoje.
Tão claros,
A escuridão agora não foge.
Temo este papel virar papel
E degusta-lo como fel
Depois rasgar
Em dois, o que era um.
Temo a discórdia doidivanas
De uma palavra desdita.
A ruptura infinita
Depois desfazer a daninha desventura
É risco sem ventura
Ferida que definha ao toque.
O retrato
O casal que se afoga
No naval destempero
Quem pode voltar ao porto firme
Depois da fadiga de uma briga?
..uma dor nova
ResponderExcluirsempre se renova
e disfarça-se..
Não há porto seguro,
apenas nossas ilusões.