terça-feira, 14 de agosto de 2012

VALIA


Só a poesia tem valia.
De vida vadia
Morre o sonho.
Acordada está à ironia
Para alfinetar
A agonia de viver.

Tem valia a poesia?
Vazia a poesia Vaga
Pela fome, pelo atestado de loucura
Imposto, posposto ao posto que dão
Ao que arrota interrogações.

Carimbado, outorgado, licenciado
Que valia?
Minha poesia cerceada
Lacrada de orgasmos
Ignorante da orgia dos amores
Falece na fria tela.
Chá, canela e lágrimas
Ficção.

Fugidia.
Poesia pária
É Pornoinsignifigramatical
Torna baldia
A palavra encravada no transito

Vaga na galeria fria das ruas
Vil vestígio de valor
Mendiga, viciada, vencida
Clama por uma Bolsa Sentimento

Só a poesia tem valia
Na calçada dos despejados
No largo da arrelia
No asfalto da quizília.




 Katherine Blackwell é uma artista que gosta de manipular o corpo humano de todas as formas possíveis, através de pintura em óleo de forma a tornar as imagens o mais próximo possível da realidade.
De acordo com a artista, a idéia é tornar as pinturas o mais realista possível, apesar das circunstâncias serem impossíveis...
Conheçam algumas de suas curiosas imagens: em http://artegrotesca.blogspot.com.br/2011/10/arte-surreal-de-katherine-blackwell.html


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