Crise não rima com cultura e arte.
Em tempos de crise, palavra inventada, todos se voltam seus olhos para as suas necessidades mais básicas, vejamos: Alimentação, saúde, segurança, infraestrutura, e timidamente educação, mas poucos lembram que a cultura também é alvo dos dardos venenosos de uma crise.Parte fundamental da construção de um homem crítico e atuante no espaço e no tempo, a cultura e a arte como um todo, tem sim sido relegada aos cantos das iniciativas públicas. Seria culpa do quadro ou da moldura, renderia uma boa discussão.
Mas a verdade é que a opinião pública não se lembra de músicos, artesãos, artistas plásticos, escritores e produtores quando uma recessão atinge nosso país.
Vou mais além, no mar do individualismo on-line ocidental, nos afogamos muitas vezes em nossa falta de sensibilidade, alvo muito perseguido por artistas de todo o tempo.
Então se não sabemos apreciar cultura em mares mais calmos, como agora prestigia-la? Deveríamos ir mais a teatros e ver representada nossa pequenez ao desvalorizar um bom livro ou uma banda local.
Nossa vida não depende da arte, mas ela nos ajuda a viver, e a olhar um mar que muitas vezes é maior que nossa visão.
Lembrei-me de um comentário de um músico camaquense, ao ser convidado para tocar de forma gratuita:
_ Amigo veja, o pipoqueiro ganhará com meu show, o dono da sonorização ganhará, o taxista, ganhará, o gari ganhará, todo mundo lucrará, por que eu tenho que mostrar minha arte que é o cerne do evento de graça?
É hora de vermos o artista como ser integrante de nossa comunidade e não com um extraterrestre que não paga contas, não vive e não sonha, temos que ver a cultura também como uma forma de mercado, solidária muitas vezes, mas mesmo assim um mercado.
Que comecemos por aqui, em nossa cidade, prestigie Shows locais, o teatro local, e toda nossa gama de notáveis.
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