Foto: O Mouro |
No equilíbrio de horas mortas
Ronda um bêbado indagoso
Que na noite é corajoso
Ruas tortas
Onde sentam desilusões
Capengas ilusões
Quebrada mas alada
Voador acento que um dia foi.
Einstein, Piaget,
Sócrates Tolstói
Quem desvendaria a este equilíbrio?
Um passeio na sombra
Uma perna a menos
Uma palavra furtada
E um beijo frutado
Adeus .
Útil vida findoura
Agora caminha para a manjedoura de algum lixo
Ser sufixo de um palavrão poluído
Ferro fundido, forjado no dorso da alma
De um bar esquecido.
Paria de lembranças mil,
Vil é o tempo que te alfandegou a rua como destino.
Banco quisera ser mocho,
E livrar a existência desse arrocho,
Mas que recicle este memorial da noite marginal
E forjem outro final.
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