segunda-feira, 11 de janeiro de 2016

Foto: O Mouro



No equilíbrio de horas mortas

Ronda um bêbado indagoso

Que na noite é corajoso

Ruas tortas

Onde sentam desilusões

Capengas ilusões

Quebrada mas alada

Voador acento que um dia foi.

Einstein, Piaget, Sócrates Tolstói

Quem desvendaria a este equilíbrio?

Um passeio na sombra

Uma perna a menos

Uma palavra furtada

E um beijo frutado

Adeus .

Útil vida findoura

Agora caminha para a manjedoura de algum lixo

Ser sufixo de um palavrão poluído

Ferro fundido, forjado no dorso da alma

De um bar esquecido.

Paria de lembranças mil,

Vil é o tempo que te alfandegou a rua como destino.

Banco quisera ser mocho,

E livrar a existência desse arrocho,

Mas que recicle este memorial da noite marginal

E forjem outro final.

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