quarta-feira, 27 de setembro de 2017

Brilhe (para Sebastião)








Filho do meu sangue espalhado
Que não desfaleça teu olhar brilhante
Lamente as horas perdidas em sono acordado
Pois o mundo é mudo aos que não gritam
Veja a noite com olhar dos épicos
Na minha senilidade repousa tua lanterna eterna
Mas me perdoe a falta de foco.

Que não desfaleça teu olhar brilhante
Visões são a herança que te oferto
Se me negares morro no deserto
Refugue a cor que se esvai
Lembre das palavras do vento
E do semblante de teu pai
Para que teu caminho não seja um lamento.

Que não desfaleça teu olhar brilhante
Toque as pedras e as flores e conheça deus
Não Cristo, Oxalá, Buda, Jeová ou Zeus
Mas aquele que por anônimo se engrandece.
Estude além das letras que se embaralham
E jogue a cartada da relevância.
Ser impar vale mais que teu nome
E toque o céu sem dor ou ânsia
Escreve tuas iniciais na terra
E use o carvão de teus erros.

Que não desfaleça teu olhar brilhante
Esmalte a verdade e a venda como rocha
Tema as maquinas que servem os homens
Não os homens.
Que não desfaleça teu olhar brilhante
Lamente as horas de sono acordado
Não tenha sonhos ancorados

Seja pequeno mesmo que gigante.

terça-feira, 19 de setembro de 2017

A violência se manifesta por meio da tirania, da opressão e do abuso da força. Ocorre do constrangimento exercido sobre alguma pessoa para obrigá-la a fazer ou deixar de fazer um ato qualquer. Existem diversas formas de violência, tais como as guerras, conflitos étnico religiosos e banditismo.

     A violência, em seus mais variados contornos, é um fenômeno histórico na constituição da sociedade brasileira.
     Para deslumbrar meu futuro compreendi que tinha que olhar para o passado, tanto para não repetir erros quanto para saber quem sou.
     Nisto vejo meu Brasil como a nação do eco. Tudo aqui ecoa e chega com um deley temporal que fere ou aliena, se posso ver esta distinção creio não ser um alienado.
    Entre o oficial e o verdadeiro me equilibro para testemunhar minha própria história, o oficial veremos nos livros didáticos nos anos que se seguirão e a verdadeira, fede, afronta, e denigre os valore mais alvos que uma nação pode ter.
     Verdadeiramente os crimes cometidos neste solo não cabem em malas e não calam a verve gritante do absurdo, uma violência.
      Verdadeiramente procrastinamos nossa reação em nome da permanência em nossos sofás, confortando nossas interrogações sem saber que seviciamos nosso censo crítico delegando para outros  nossa reação.
      A Vox Populi é difusa por consequência confusa, quem nos representa explora parasitamente este equívoco, violentando-nos. Nesta turba demente anulamos nossa visão à nossa política calhorda e criminosa, tapamos a percepção ao nosso judiciário cifrado, ao nosso consumismo messiânico e adicto, velamos nosso racismo cômodo, e palpitamos nesciamente em nosso ensino ferido.
     Se disser quem minha rusga amarga e histórica começou ao escutar uma música que foi lançada em 1981 e que tocava no meu radinho de pilha lá nos anos 90 poucos acreditariam. Este estalo da memória me lembra que revoluções sempre debandaram a normalidade e relegaram violentos ao patamar de heróis.
      Estamos atrasados no que se refere a valores básicos de auto estima, de identidade, quem sabe sua força não se auto sabota, nisto sou menos grego, menos Platão, Aristóteles e mais Maquiavel, penso em uma estado possível que fuja das estatísticas como tanto falou Milton Santos e foque em nosso povo.
      Por fim não me atrasarei em dizer que quem entende de educação e ensino são estes profetas do futuro, os bons professores e em nome deles que peço escusas ao futuro, aos alunos, por ter entregue a eles este Brasil tosco e horrendo, onde semianalfabetos nos violentam em nome da política.


quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Jura de amor

Até o fim do mundo?
Até o mundo acabar.
 
Arte de  Käthe Butcher